O Museu de Arte de Macau (MAM) abriu a 19 de Março de 1999. Actualmente sob a tutela do Instituto Cultural do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, oferece o maior espaço para exposições de arte em Macau, com cinco andares e uma área total de 10.192 metros quadrados, dos quais mais de 4.000 são áreas de exposição. No 4.º andar existem duas galerias com grandes vitrines para peças de arte, caligrafia e pintura chinesa; no 3.º andar, três galerias vocacionadas, sobretudo para expôr as colecções do MAM e obras de arte locais; no 2.º andar, existe uma grande galeria especial dedicada à arte ocidental e contemporânea. No 1.º andar encontra-se o espaço expositivo do átrio, a recepção, a Loja do Museu, a Loja Cultural e Criativa do Museu do Palácio e ainda um auditório. No piso térreo encontra-se uma área funcional, destinada a actividades artísticas e workshops educativos. De notar que a Loja do Museu vende publicações e produtos criativos e culturais do MAM, enquanto a Loja Criativa e Cultural do Museu do Palácio é a primeira do género fora da China, oferecendo diversos produtos culturais e criativos do famoso museu de Pequim.
Com a maior parte da sua colecção herdada do antigo Museu Luís de Camões, então sob a tutela do antigo Leal Senado de Macau, o Museu de Arte de Macau, através de diversos meios como exposições, encomendas, compras e doações, criou um acervo de mais de 16.000 peças, incluindo colecções de Pinturas e Caligrafia Chinesa, Quadros Históricos, Cerâmicas, Fotografias, Arte Moderna e Contemporânea, Arte Performativa e Documentos de Arquivos. Entre as peças mais valiosas incluem-se Pavão, Pinheiro e Bambu e Águias de Lin Liang, pintor da corte da Dinastia Ming, bem como obras da colecção de Pinturas e Caligrafia Chinesa dos artistas mestres de Guangdong, Zhang Mu, Li Jian, Su Liupeng e Ju Lian das dinastias Ming e Qing. A secção da colecção de Quadros Históricos apresenta obras do conhecido pintor inglês do século XIX George Chinnery, do pintor francês Auguste Borget, do artista inglês Dr. Thomas Watson, bem como de António Marciano Baptista e Lamqua. Na secção de Cerâmica, a série de ‘cerâmica de Shiwan', que inclui obras dos notáveis ceramistas Huang Bing, Chen Weiyan, Pan Yushu e Liu Chuan, é considerada uma das melhores do género no mundo. O MAM também tem na sua colecção aguarelas de paisagens urbanas criadas pelo arquitecto e artista russo George Smirnoff em Macau durante a Guerra do Pacífico, mostrando o lado relativamente pacífico e harmonioso da cidade na turbulenta década de 1940.
Empenhado em promover a diversidade e coexistência desenvolvimento cultural e artístico, o Museu de Arte de Macau organiza periodicamente exposições, palestras, fóruns e workshops de artes em cooperação com institutos culturais nacionais e estrangeiros, de forma a permitir que o público aprecie e fique familiarizado com as artes modernas e antigas de diferentes géneros da China e de outros países e regiões. O MAM já colaborou com o Museu do Palácio, Museu Nacional da China, Museu de Xangai, Museu de Nanjing, Museu de Zhejiang, Museu Britânico, Galeria Estatal Tretyakov em Moscovo, Museu do Louvre e Centro Pompidou. Desde 1999, o Museu de Arte de Macau e o Museu do Palácio têm co-organizado anualmente grandes exposições de relíquias culturais, recebendo elogios e apreço do público em geral.
Desde a sua inauguração, o MAM já realizou mais de 480 exposições. As principais exposições nos últimos anos incluem: Marc Chagall: Luz e Cor no Sul de França; Obras Primas da Arte Russa da Galeria Estatal Tretyakov; Desenhos da Renascença Italiana do British Museum; Quietude e Claridade: Obras de Chen Zhifo da Colecção do Museu de Nanjing; A Grande Viagem: A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda; Deambulações pela Paisagem: Colecção do Museu de Arte de Macau; Renascer à Brisa da Primavera: Exposição de Arte de He Duoling; Visões Multiprismáticas Recíprocas: Exposição Internacional de Arte Contemporânea por Convite; Quintessência da Porcelana dos Fornos Imperiais da Dinastia Ming da Colecção do Museu do Palácio e Imaginação Selvagem; Arte a Tinta Contemporânea em Guangdong-Hong Kong-Macau de 2000 a 2022; Fang Lijun: A Luz Poeirenta.
O Museu de Arte de Macau promove activamente o desenvolvimento da cultura e das artes em Macau, organizando todos os anos exposições de diferentes géneros com artistas locais.
Sob o nome de 'Macau, China', o MAM participa na Exposição Internacional de Arte de La Biennale di Venezia desde 2007 e na Exposição Internacional de Arquitectura desde 2014, promovendo a cultura de Macau no palco mundial.
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Desde a sua criação, o Museu de Arte de Macau atribui grande importância à educação artística e, como tal, tem vindo a organizar diversos tipos de actividades, incluindo serviço guiado a exposições, fóruns, palestras, cursos, workshops e concertos, tornando o museu um espaço interactivo de aprendizagem da diversidade. Além disso, são organizadas regularmente, todos os anos, para os membros dos Amigos do MAM, várias actividades culturais como workshops temáticas e viagens de arte. Ao longo do tempo, o MAM publicou mais de 280 catálogos de exposições, colectâneas de teses e brochuras educativas, sendo os seus requintados catálogos de exposições muito apreciados pelos amantes da arte.
O Museu de Arte de Macau continuará a liderar as artes e a estética, promovendo o desenvolvimento da arte local e da cultura tradicional chinesa e apresentando obras-primas mundiais de belas artes, a fim de providenciar um forte apoio cultural ao desenvolvimento de Macau como “Um Centro, Uma Plataforma, Uma Base”.