TARDIO BOSAL
Park Chan-kyong

Coreia do Sul
Vídeo (filme HD em preto e branco, som 5.1)
2019
55’

Courtesy of the artist


O filme, rodado em negativo, a preto e branco, é quase uma longa-metragem. “Bosal Tardio” desafia os conceitos e imagens tradicionais do público sobre luz, ar, radioactividade e natureza, tanto assim que se repensam todas estas noções e respectivas expressões opostas.

Sinopse: Entra no porto um contentor, num navio de carga. Ninguém sabe o que há no interior — é apenas mais um entre muitos contentores. Bosal, uma mulher de meia-idade, escalou a montanha enquanto Gahye media o nível de contaminação radioactiva no interior da montanha. Jovens pintam e fazem produtos. Bosal procura um lugar para colocar o contentor. Outra mulher vê o seu passado e presente num templo na montanha. Finalmente, Bosal chega ao local onde o contentor foi colocado. Outros também se reúnem neste lugar.

O tom subtilmente controlado do filme cria conflitos subtis com o ambiente de fundo ou o local radioactivo contaminado. Os personagens parecem flutuar em torno do núcleo da narrativa, sem qualquer relação especial entre eles. A mistura de imagens, como montanhas, mitologia budista, centrais nucleares e obras de arte parece prescindir da coerência do enredo. No entanto, o filme parece descrever uma sociedade que perdeu a sua coerência. Assim, o filme leva o espectador a contemplar o Nirvana do Grande Santo, os nossos caminhos para a morte e, o mais importante, o “encontro” que ocorre quando alguém morre.