A Estatística da Fortuna

Exposição Principal de Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023

Introdução

<p>KAI MING SHOU<br />
Wang Chuan<br />
China<br />
Caixa de luz<br />
2022<br />
80 x 120 cm</p>

<p>Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>Em 2020, os monstros mágicos do “Shan Hai Jing” pareciam ter sido soltos enquanto a epidemia varria o mundo. Talvez eles tivessem aceitado o convite sincero de Wang Chuan e surgido um após o outro na sua mente, antes de chegarem à sua caneta e computador. Sempre que cria um desenho, parece um déjà vu. Eles pareciam estar à espera em algum lugar, inclusive nas profundezas da sua própria mente, há muito tempo.</p>

<p>A chegada deles foi apenas o começo. Este foi um processo de introspecção de si mesmo e de voltar a compreender o mundo. Foi uma jornada verdadeiramente maravilhosa, seguir os monstros mágicos e visitar o passado e o presente. De um lado estavam fantasmas em pinturas antigas que ele ansiava, e do outro lado estava a realidade carreada por inúmeras fotos. Ideias e perspectivas eram repetidamente puxadas e arrastadas entre esses dois níveis.</p>

<p>“Um Novo Capítulo de uma Estranha Besta de 'Shan Hai Jing' Entrando no Mundo” reúne trabalhos fotográficos, que visam apontar para a vida social de hoje. De acordo com o significado do conteúdo, as bestas míticas correspondentes são combinadas para gerar uma nova metáfora visual. Caixas de luz servem como a principal forma do trabalho, dada a sua profundidade tridimensional e efeito suspensivo permitindo que a imagem principal seja real, mas ilusória, e interaja fisicamente com os espectadores.</p>

KAI MING SHOU
Wang Chuan
China
Caixa de luz
2022
80 x 120 cm

Courtesy of the artist


Em 2020, os monstros mágicos do “Shan Hai Jing” pareciam ter sido soltos enquanto a epidemia varria o mundo. Talvez eles tivessem aceitado o convite sincero de Wang Chuan e surgido um após o outro na sua mente, antes de chegarem à sua caneta e computador. Sempre que cria um desenho, parece um déjà vu. Eles pareciam estar à espera em algum lugar, inclusive nas profundezas da sua própria mente, há muito tempo.

A chegada deles foi apenas o começo. Este foi um processo de introspecção de si mesmo e de voltar a compreender o mundo. Foi uma jornada verdadeiramente maravilhosa, seguir os monstros mágicos e visitar o passado e o presente. De um lado estavam fantasmas em pinturas antigas que ele ansiava, e do outro lado estava a realidade carreada por inúmeras fotos. Ideias e perspectivas eram repetidamente puxadas e arrastadas entre esses dois níveis.

“Um Novo Capítulo de uma Estranha Besta de 'Shan Hai Jing' Entrando no Mundo” reúne trabalhos fotográficos, que visam apontar para a vida social de hoje. De acordo com o significado do conteúdo, as bestas míticas correspondentes são combinadas para gerar uma nova metáfora visual. Caixas de luz servem como a principal forma do trabalho, dada a sua profundidade tridimensional e efeito suspensivo permitindo que a imagem principal seja real, mas ilusória, e interaja fisicamente com os espectadores.

<p>POHON (ÁRVORE)<br />
Yunizar</p>

<p>Indonésia<br />
Escultura, bronze<br />
2019<br />
124 x 131 x 205 cm</p>

<p>Courtesy of the artist and Tang Contemporary Art</p>

<hr />
<p>Medindo dois metros de altura e intitulada “Pohon (Árvore)”, esta escultura posiciona-se de forma impressionante. Como imagem independente, reivindica uma presença física decisiva. Ao visualizá-la, deparamos e lidamos com tal reivindicação.</p>

<p>Um caule sobe verticalmente de um recipiente cilíndrico, estendendo-se forçadamente ao longo da planta. Ramos, de variados comprimentos e alinhados em diferentes direcções, disparam para a direita e para a esquerda, projectando-se do caule a intervalos regulares e a quase toda a sua altura.</p>

<p>As flores estão em plena floração, totalmente abertas, com pétalas e estames esticados para fora na sua máxima extensão. Eles surgem nas extremidades dos ramos. O caule é coroado por uma flor bem aberta, de forma semelhante às dos ramos, e orientada simultaneamente em duas direcções. Isso quer dizer que a flor no topo tem dois aspectos, de costas um para o outro, voltados para direcções opostas.</p>

<p>O aspecto duplo da flor no topo do caule anuncia as complexidades envolvidas na visualização desta escultura de uma planta florida. A este respeito, sugiro que as flores sejam indicadores significativos do desdobramento da obra nos seus múltiplos aspectos, em direcções múltiplas, e de nossa recepção desses aspectos.</p>

<p>— T. K. Sabapathy, excerto de “On Seeing Yunizar’s Sculptures” [Ao ver as esculturas de Yunizar] (2022)</p>

POHON (ÁRVORE)
Yunizar

Indonésia
Escultura, bronze
2019
124 x 131 x 205 cm

Courtesy of the artist and Tang Contemporary Art


Medindo dois metros de altura e intitulada “Pohon (Árvore)”, esta escultura posiciona-se de forma impressionante. Como imagem independente, reivindica uma presença física decisiva. Ao visualizá-la, deparamos e lidamos com tal reivindicação.

Um caule sobe verticalmente de um recipiente cilíndrico, estendendo-se forçadamente ao longo da planta. Ramos, de variados comprimentos e alinhados em diferentes direcções, disparam para a direita e para a esquerda, projectando-se do caule a intervalos regulares e a quase toda a sua altura.

As flores estão em plena floração, totalmente abertas, com pétalas e estames esticados para fora na sua máxima extensão. Eles surgem nas extremidades dos ramos. O caule é coroado por uma flor bem aberta, de forma semelhante às dos ramos, e orientada simultaneamente em duas direcções. Isso quer dizer que a flor no topo tem dois aspectos, de costas um para o outro, voltados para direcções opostas.

O aspecto duplo da flor no topo do caule anuncia as complexidades envolvidas na visualização desta escultura de uma planta florida. A este respeito, sugiro que as flores sejam indicadores significativos do desdobramento da obra nos seus múltiplos aspectos, em direcções múltiplas, e de nossa recepção desses aspectos.

— T. K. Sabapathy, excerto de “On Seeing Yunizar’s Sculptures” [Ao ver as esculturas de Yunizar] (2022)

<p>TARDIO BOSAL<br />
Park Chan-kyong</p>

<p>Coreia do Sul<br />
Vídeo (filme HD em preto e branco, som 5.1)<br />
2019<br />
55’</p>

<p>Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>O filme, rodado em negativo, a preto e branco, é quase uma longa-metragem. “Bosal Tardio” desafia os conceitos e imagens tradicionais do público sobre luz, ar, radioactividade e natureza, tanto assim que se repensam todas estas noções e respectivas expressões opostas.</p>

<p>Sinopse: Entra no porto um contentor, num navio de carga. Ninguém sabe o que há no interior — é apenas mais um entre muitos contentores. Bosal, uma mulher de meia-idade, escalou a montanha enquanto Gahye media o nível de contaminação radioactiva no interior da montanha. Jovens pintam e fazem produtos. Bosal procura um lugar para colocar o contentor. Outra mulher vê o seu passado e presente num templo na montanha. Finalmente, Bosal chega ao local onde o contentor foi colocado. Outros também se reúnem neste lugar.</p>

<p>O tom subtilmente controlado do filme cria conflitos subtis com o ambiente de fundo ou o local radioactivo contaminado. Os personagens parecem flutuar em torno do núcleo da narrativa, sem qualquer relação especial entre eles. A mistura de imagens, como montanhas, mitologia budista, centrais nucleares e obras de arte parece prescindir da coerência do enredo. No entanto, o filme parece descrever uma sociedade que perdeu a sua coerência. Assim, o filme leva o espectador a contemplar o Nirvana do Grande Santo, os nossos caminhos para a morte e, o mais importante, o “encontro” que ocorre quando alguém morre.</p>

TARDIO BOSAL
Park Chan-kyong

Coreia do Sul
Vídeo (filme HD em preto e branco, som 5.1)
2019
55’

Courtesy of the artist


O filme, rodado em negativo, a preto e branco, é quase uma longa-metragem. “Bosal Tardio” desafia os conceitos e imagens tradicionais do público sobre luz, ar, radioactividade e natureza, tanto assim que se repensam todas estas noções e respectivas expressões opostas.

Sinopse: Entra no porto um contentor, num navio de carga. Ninguém sabe o que há no interior — é apenas mais um entre muitos contentores. Bosal, uma mulher de meia-idade, escalou a montanha enquanto Gahye media o nível de contaminação radioactiva no interior da montanha. Jovens pintam e fazem produtos. Bosal procura um lugar para colocar o contentor. Outra mulher vê o seu passado e presente num templo na montanha. Finalmente, Bosal chega ao local onde o contentor foi colocado. Outros também se reúnem neste lugar.

O tom subtilmente controlado do filme cria conflitos subtis com o ambiente de fundo ou o local radioactivo contaminado. Os personagens parecem flutuar em torno do núcleo da narrativa, sem qualquer relação especial entre eles. A mistura de imagens, como montanhas, mitologia budista, centrais nucleares e obras de arte parece prescindir da coerência do enredo. No entanto, o filme parece descrever uma sociedade que perdeu a sua coerência. Assim, o filme leva o espectador a contemplar o Nirvana do Grande Santo, os nossos caminhos para a morte e, o mais importante, o “encontro” que ocorre quando alguém morre.

<p>FORTUNE (DA SÉRIE “COVERS”)<br />
Fábio Colaço</p>

<p>Portugal<br />
Instalação (vinil sobre plexiglass)<br />
2019<br />
168 x 118 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist and UMA LULIK</p>

<hr />
<p>A obra “Fortune” (2019) consiste na reprodução da capa da revista americana Fortune. Porém, além da sua dimensão, ao invés do que normalmente se apresenta na capa, nesta versão o artista usa um material negro reflexivo que espelha quem se coloque diante da obra.</p>

<p>Seja através das reverberações de luz ou das múltiplas imagens que preenchem esse espaço vazio, o representado é agora multifacetado, como se qualquer indivíduo pudesse ser a imagem de poder na capa de uma revista de negócios multinacional.</p>

<p>Todos podem ser e ter esse lugar, como no capitalismo faz se acreditar que todos podem ser ricos, uma ilusão de igualdade, mas que sobrevive apenas a partir da desigualdade.</p>

FORTUNE (DA SÉRIE “COVERS”)
Fábio Colaço

Portugal
Instalação (vinil sobre plexiglass)
2019
168 x 118 cm

© Courtesy of the artist and UMA LULIK


A obra “Fortune” (2019) consiste na reprodução da capa da revista americana Fortune. Porém, além da sua dimensão, ao invés do que normalmente se apresenta na capa, nesta versão o artista usa um material negro reflexivo que espelha quem se coloque diante da obra.

Seja através das reverberações de luz ou das múltiplas imagens que preenchem esse espaço vazio, o representado é agora multifacetado, como se qualquer indivíduo pudesse ser a imagem de poder na capa de uma revista de negócios multinacional.

Todos podem ser e ter esse lugar, como no capitalismo faz se acreditar que todos podem ser ricos, uma ilusão de igualdade, mas que sobrevive apenas a partir da desigualdade.

<p>NÓS TAMBÉM SOMOS FANTASMAS<br />
Catarina Mil-Homens</p>

<p>Portugal<br />
Instalação (vidro, fio de aço)<br />
2022<br />
300 x 8000 x 20 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist and UMA LULIK__ ・ Photo by Bruno Lopes</p>

<hr />
<p>A instalação “Nós Também Somos Fantasmas” oferece uma oportunidade estimulante de auto-reflexão, ao apresentar múltiplas reflexões fragmentadas e desafiando-nos a questionar as nossas percepções de identidade e consciência. Ao contemplarmos os grandes pedaços de vidro lapidado sobrepostos, tomamos consciência do espaço desenfreado e da perda da noção do tempo. O vidro reaproveitado nesta instalação é a matéria transformada num veículo para expressão externa infundido com essência. Ele interage com o que o rodeia, tornando-se um reflexo do que está antes e depois dele.</p>

NÓS TAMBÉM SOMOS FANTASMAS
Catarina Mil-Homens

Portugal
Instalação (vidro, fio de aço)
2022
300 x 8000 x 20 cm

© Courtesy of the artist and UMA LULIK__ ・ Photo by Bruno Lopes


A instalação “Nós Também Somos Fantasmas” oferece uma oportunidade estimulante de auto-reflexão, ao apresentar múltiplas reflexões fragmentadas e desafiando-nos a questionar as nossas percepções de identidade e consciência. Ao contemplarmos os grandes pedaços de vidro lapidado sobrepostos, tomamos consciência do espaço desenfreado e da perda da noção do tempo. O vidro reaproveitado nesta instalação é a matéria transformada num veículo para expressão externa infundido com essência. Ele interage com o que o rodeia, tornando-se um reflexo do que está antes e depois dele.

<p>GROBIANUS ET GROBIANIA II<br />
(NATARAJASANA SALVARÁ O MUNDO)<br />
 Konstantin Bessmertny</p>

<p>Macao, China<br />
Acrílico e técnica mista sobre tela<br />
2020<br />
100 x 80 cm<br />
© Courtesy of the artist</p>

<p> </p>

GROBIANUS ET GROBIANIA II
(NATARAJASANA SALVARÁ O MUNDO)
 Konstantin Bessmertny

Macao, China
Acrílico e técnica mista sobre tela
2020
100 x 80 cm
© Courtesy of the artist

 

<p>O DEUS DA FORTUNA E O DEUS DA ESTATÍSTICA<br />
Tang Hui</p>

<p>China<br />
Folha de latão forjado, folha de ouro, viga de liga de alumínio<br />
2023<br />
200 x 200 cm</p>

<p><br />
© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p><br />
Macau é a intersecção das culturas oriental e ocidental, e foi também um importante canal para a introdução da ciência natural ocidental na China. A história e a cultura de Macau assumiram características culturais únicas, tornando-a uma cidade distinta. A coexistência pacífica e diversificada tornou-se uma característica singular de Macau.</p>

<p>O Egipto foi uma das primeiras civilizações do mundo, e o seu desenvolvimento foi inseparável do destino e da estatística dos seres humanos. Inspirei-me na civilização egípcia para criar o Deus da Fortuna e o Deus da Estatística. O Deus da Fortuna, à esquerda, é o governante inevitável do destino humano. Ele enfatiza a experiência e as crenças subjectivas das pessoas e presta atenção à espiritualidade e ao mistério. O Deus da Estatística, à direita, representa a análise de dados e a tomada de decisões, bem como a habilidade e o método de pensamento racional e lógico. Eles representam, respectivamente, crenças religiosas e convicções científicas. Tanto os crentes científicos quanto os crentes religiosos podem obter uma compreensão mais profunda da natureza e do significado do destino humano através da estatística<br />
do destino.</p>

O DEUS DA FORTUNA E O DEUS DA ESTATÍSTICA
Tang Hui

China
Folha de latão forjado, folha de ouro, viga de liga de alumínio
2023
200 x 200 cm


© Courtesy of the artist



Macau é a intersecção das culturas oriental e ocidental, e foi também um importante canal para a introdução da ciência natural ocidental na China. A história e a cultura de Macau assumiram características culturais únicas, tornando-a uma cidade distinta. A coexistência pacífica e diversificada tornou-se uma característica singular de Macau.

O Egipto foi uma das primeiras civilizações do mundo, e o seu desenvolvimento foi inseparável do destino e da estatística dos seres humanos. Inspirei-me na civilização egípcia para criar o Deus da Fortuna e o Deus da Estatística. O Deus da Fortuna, à esquerda, é o governante inevitável do destino humano. Ele enfatiza a experiência e as crenças subjectivas das pessoas e presta atenção à espiritualidade e ao mistério. O Deus da Estatística, à direita, representa a análise de dados e a tomada de decisões, bem como a habilidade e o método de pensamento racional e lógico. Eles representam, respectivamente, crenças religiosas e convicções científicas. Tanto os crentes científicos quanto os crentes religiosos podem obter uma compreensão mais profunda da natureza e do significado do destino humano através da estatística
do destino.

<p>MASSA<br />
June Balthazard, Pierre Pauze</p>

<p>França<br />
Instalação de vídeo (vídeo de 2 canais, madeira, espuma, polichoc,<br />
resina de poliéster, tinta de água, gesso, PMMA laminado, plantas<br />
sintéticas, pára-choques, aço, luz de palco, suporte de luz)<br />
2020<br />
16' 59"</p>

<p>© This work was originally commissioned by Hermès Horloger, Bienne, Switzerland.</p>

<hr />
<p>A instalação de vídeo “Massa” é baseada na substância lendária. Essa substância original, chamada de Æther, serviu de pano de fundo para muitos mitos da criação, antes de encontrar eco nas recentes descobertas da física quântica.</p>

<p>June Balthazard e Pierre Pauze tecem uma história, entre a realidade e a ficção científica, na qual cientistas do laboratório Cern discutem a existência de uma substância original e omnipresente. Num contexto de convulsão ecológica, este tecido do universo surge como o elo que liga o ser humano à natureza.</p>

<p>A narração é posta em diálogo com uma escultura que dá corpo a esta substância misteriosa. Este cenário bio-mimético é uma espécie de Cosmos, de mundo surreal, no qual parecem estar vivos os protagonistas do vídeo.</p>

MASSA
June Balthazard, Pierre Pauze

França
Instalação de vídeo (vídeo de 2 canais, madeira, espuma, polichoc,
resina de poliéster, tinta de água, gesso, PMMA laminado, plantas
sintéticas, pára-choques, aço, luz de palco, suporte de luz)
2020
16' 59"

© This work was originally commissioned by Hermès Horloger, Bienne, Switzerland.


A instalação de vídeo “Massa” é baseada na substância lendária. Essa substância original, chamada de Æther, serviu de pano de fundo para muitos mitos da criação, antes de encontrar eco nas recentes descobertas da física quântica.

June Balthazard e Pierre Pauze tecem uma história, entre a realidade e a ficção científica, na qual cientistas do laboratório Cern discutem a existência de uma substância original e omnipresente. Num contexto de convulsão ecológica, este tecido do universo surge como o elo que liga o ser humano à natureza.

A narração é posta em diálogo com uma escultura que dá corpo a esta substância misteriosa. Este cenário bio-mimético é uma espécie de Cosmos, de mundo surreal, no qual parecem estar vivos os protagonistas do vídeo.

<p>DURMIENTE & ASYNC<br />
Apichatpong Weerasethakul</p>

<p>Tailândia<br />
Ed. 3/5 (Edition of 5 + 2AP)<br />
Vídeo (instalação de vídeo de 2 canais, 2 vídeos sincronizados, dolby 5.1, cor) Ed. 3/5 (edição de 5 + 2AP)<br />
2021<br />
11’3”</p>

<p>© Courtesy of the artist and Kiang Malingue</p>

<hr />
<p>O vídeo satélite “Durmiente” [Dormente], da premiada longa-metragem Memoria, constitui um díptico com “Async – first light” [Async – primeira luz]. “Durmiente” refere uma cena íntima que não aparece em Memoria: o momento em que a protagonista, Jessica (Tilda Swinton) adormece, significando o fim da sua viagem. Já “Async – first light” é uma colaboração entre Apichatpong e o compositor Ryuichi Sakamoto, servindo de homenagem ao acto de cruzar fronteiras. Os dois filmes, entrelaçados, conduzem-nos da luz do dia à noite, da vigília ao sonho, representando um anseio de interconexão por meio da luz, do cinema e dos sonhos.</p>

DURMIENTE & ASYNC
Apichatpong Weerasethakul

Tailândia
Ed. 3/5 (Edition of 5 + 2AP)
Vídeo (instalação de vídeo de 2 canais, 2 vídeos sincronizados, dolby 5.1, cor) Ed. 3/5 (edição de 5 + 2AP)
2021
11’3”

© Courtesy of the artist and Kiang Malingue


O vídeo satélite “Durmiente” [Dormente], da premiada longa-metragem Memoria, constitui um díptico com “Async – first light” [Async – primeira luz]. “Durmiente” refere uma cena íntima que não aparece em Memoria: o momento em que a protagonista, Jessica (Tilda Swinton) adormece, significando o fim da sua viagem. Já “Async – first light” é uma colaboração entre Apichatpong e o compositor Ryuichi Sakamoto, servindo de homenagem ao acto de cruzar fronteiras. Os dois filmes, entrelaçados, conduzem-nos da luz do dia à noite, da vigília ao sonho, representando um anseio de interconexão por meio da luz, do cinema e dos sonhos.

<p>FACETAS DA AGI: UMUHIMU (UTILIDADE))<br />
Obvious</p>

<p>França<br />
Algoritmo das GANs, madeira ofoton & osese, pó de giz preto e tinta<br />
2020<br />
55 x 17 x 9 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist and Danysz Gallery</p>

<hr />
<p>Nesta África fictícia, os especialistas conseguiram finalmente encontrar um ancestral comum a todas as máscaras africanas, em oposição à teoria dominante de que essas máscaras surgiram de forma independente. Uma descoberta perturbadora, que muda toda a percepção de como as diferentes sociedades e etnias da África interagem entre si, descreve que todas as pessoas fazem parte de uma sociedade secreta única e parecem ligados a um ideal único, embora cada uma delas tenha uma maneira muito específica de abordar esse ideal.</p>

<p>A série compõe-se de 22 obras. Todas essas obras de arte foram inventadas usando Redes Adversárias Gerativas (GANs), que são algoritmos capazes de criar visuais novos e exclusivos com base num grande número de exemplos. Treinámos vários modelos num banco de dados de milhares de máscaras africanas. Os algoritmos entenderam as semelhanças e nuances entre todos esses modelos e conseguiram criar peças originais. Com base nas criações dos algoritmos, o artista ganense Abdul Aziz Muhamadu esculpiu e pintou máscaras de madeira.</p>

FACETAS DA AGI: UMUHIMU (UTILIDADE))
Obvious

França
Algoritmo das GANs, madeira ofoton & osese, pó de giz preto e tinta
2020
55 x 17 x 9 cm

© Courtesy of the artist and Danysz Gallery


Nesta África fictícia, os especialistas conseguiram finalmente encontrar um ancestral comum a todas as máscaras africanas, em oposição à teoria dominante de que essas máscaras surgiram de forma independente. Uma descoberta perturbadora, que muda toda a percepção de como as diferentes sociedades e etnias da África interagem entre si, descreve que todas as pessoas fazem parte de uma sociedade secreta única e parecem ligados a um ideal único, embora cada uma delas tenha uma maneira muito específica de abordar esse ideal.

A série compõe-se de 22 obras. Todas essas obras de arte foram inventadas usando Redes Adversárias Gerativas (GANs), que são algoritmos capazes de criar visuais novos e exclusivos com base num grande número de exemplos. Treinámos vários modelos num banco de dados de milhares de máscaras africanas. Os algoritmos entenderam as semelhanças e nuances entre todos esses modelos e conseguiram criar peças originais. Com base nas criações dos algoritmos, o artista ganense Abdul Aziz Muhamadu esculpiu e pintou máscaras de madeira.

<p>CDOSEA (O DICIONÁRIO CRÍTICO DO SUDESTE ASIÁTICO)<br />
Ho Tzu Nyen</p>

<p>Singapura<br />
Instalação de vídeo (vídeo HD de canal único,<br />
sistema de edição algorítmica, som de 5 canais)<br />
2017 – em curso<br />
Em loop</p>

<p>© Courtesy of the artist and Kiang Malingue</p>

<hr />
<p>“CDOSEA (O Dicionário Crítico do Sudeste Asiático)” começa com uma pergunta: O que constitui a unidade do Sudeste Asiático — uma região nunca unificada pela língua, religião ou poder político? CDOSEA prossegue propondo 26 termos — um para cada letra do alfabeto. Cada termo é um conceito, um motivo ou uma biografia e, juntos, são fios que tecem uma tapeçaria rasgada e esfarrapada do Sudeste Asiático. O Dicionário, desde a sua criação em 2012, gerou uma série de obras de cinema, de teatro e de instalação de Ho Tzu Nyen. De “T (para Tigre)” e “W (para Weretiger)” surgiram “Ten Thousand Tigers” [Dez Mil Tigres] (2014), “2 or 3 Tigers” [2 ou 3 Tigres] (2015), “Timelines” [Linhas do Tempo] (2017) e “One or Several Tigers” [Um ou Vários Tigres] (2017). “The Nameless” [O Inominado] e “The Name” [O Nome] (ambos de 2005) surgiram do “L (para Lai Teck)” e “G (para Gene Z. Hanrahan)”, respectivamente.</p>

<p>Desde 2016, Ho trabalha com um grupo de colaboradores para “manifestar” o Dicionário como um todo. Com os programadores residentes em Berlim Jan Gerber e Sebastian Lütgert (0x2620), foi criada uma plataforma online de absorção e anotação de materiais para “alimentar” um Sistema de Edição que compõe infinitamente novas combinações de materiais audiovisuais de acordo com os 26 termos do Dicionário.</p>

CDOSEA (O DICIONÁRIO CRÍTICO DO SUDESTE ASIÁTICO)
Ho Tzu Nyen

Singapura
Instalação de vídeo (vídeo HD de canal único,
sistema de edição algorítmica, som de 5 canais)
2017 – em curso
Em loop

© Courtesy of the artist and Kiang Malingue


“CDOSEA (O Dicionário Crítico do Sudeste Asiático)” começa com uma pergunta: O que constitui a unidade do Sudeste Asiático — uma região nunca unificada pela língua, religião ou poder político? CDOSEA prossegue propondo 26 termos — um para cada letra do alfabeto. Cada termo é um conceito, um motivo ou uma biografia e, juntos, são fios que tecem uma tapeçaria rasgada e esfarrapada do Sudeste Asiático. O Dicionário, desde a sua criação em 2012, gerou uma série de obras de cinema, de teatro e de instalação de Ho Tzu Nyen. De “T (para Tigre)” e “W (para Weretiger)” surgiram “Ten Thousand Tigers” [Dez Mil Tigres] (2014), “2 or 3 Tigers” [2 ou 3 Tigres] (2015), “Timelines” [Linhas do Tempo] (2017) e “One or Several Tigers” [Um ou Vários Tigres] (2017). “The Nameless” [O Inominado] e “The Name” [O Nome] (ambos de 2005) surgiram do “L (para Lai Teck)” e “G (para Gene Z. Hanrahan)”, respectivamente.

Desde 2016, Ho trabalha com um grupo de colaboradores para “manifestar” o Dicionário como um todo. Com os programadores residentes em Berlim Jan Gerber e Sebastian Lütgert (0x2620), foi criada uma plataforma online de absorção e anotação de materiais para “alimentar” um Sistema de Edição que compõe infinitamente novas combinações de materiais audiovisuais de acordo com os 26 termos do Dicionário.

<p>CÂMARAS DE PARALAXE<br />
徐浩恩</p>

<p>Canadá<br />
Sequência de animação algorítmica, canal único (16:9), som 5.1<br />
2018</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>“Câmaras de Paralaxe” (2018 – em curso) é um trabalho dos media, com renderização em directo, que circula erraticamente entre salas íntimas que fazem lembrar tanto as divisões exíguas de centros urbanos em densificação como as câmaras herméticas retratadas em mouhap (wuxia, em mandarim) para treinamento interior e meditação. O projecto combina o universo anárquico da ficção de artes marciais com a comunidade desorganizada da Kowloon Walled City [Cidade Muralhada de Kowloon] e as sociedades auto-organizadas que se estabeleceram nas Chinatowns norte-americanas.</p>

CÂMARAS DE PARALAXE
徐浩恩

Canadá
Sequência de animação algorítmica, canal único (16:9), som 5.1
2018

© Courtesy of the artist


“Câmaras de Paralaxe” (2018 – em curso) é um trabalho dos media, com renderização em directo, que circula erraticamente entre salas íntimas que fazem lembrar tanto as divisões exíguas de centros urbanos em densificação como as câmaras herméticas retratadas em mouhap (wuxia, em mandarim) para treinamento interior e meditação. O projecto combina o universo anárquico da ficção de artes marciais com a comunidade desorganizada da Kowloon Walled City [Cidade Muralhada de Kowloon] e as sociedades auto-organizadas que se estabeleceram nas Chinatowns norte-americanas.

<p>MIMIKE (MISTICISMO): BICICLETA FOGUETE<br />
Yao Jui-Chung</p>

<p>Taiwan, China<br />
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia<br />
2022<br />
∅ 50 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>Durante as férias de verão de 2022, Yao Jui-Chung foi convidado pelo “Apartmento da Arte” (AOA), fundado pelo artista alemão Lars Koepsel, para uma residência artística na vila de Munique durante três meses, durante a epidemia e a Guerra da Ucrânia. Munique, a grande cidade no sul da Alemanha, desde tempos antigos que é a cidade dos monges. A vila fica em Feldafing, próximo ao Lago de Starnberg, no sul da cidade. O ambiente é tranquilo e agradável, e o rei da Tailândia também tem uma mansão ali perto. Morando num local histórico de longa data, Yao olhava todos os dias para os Alpes, tomava chá preto indiano, ia às compras de bicicleta ou nadava no lago, ocasionalmente. Às vezes, ele ficaria super- impressionado depois de visitar várias galerias de arte na cidade, tinha pesadelos e os seus pensamentos voavam, as inspirações brotavam e deu-lhe para iniciar uma série de pinturas humorísticas combinando o texto clássico “Shan Hai Jing” com a mitologia ocidental, o Ukiyo-e e totens históricos.</p>

<p>Usando canetas coloridas Faber-Castell e colando na pintura folhas de ouro do templo, Yao tentou criar um estilo que combinasse chinês e ocidental, antigo e moderno, humorístico e irónico, formas estranhas e cores vivas... Foi uma continuação da sua criação artística realizada na vila da Destilaria de uísque Glenfiddich, nas Terras Altas escocesas, há 15 anos. A experiência especial da vida foi incluída na pintura e desenvolvida em 12 categorias: alienígenas, deuses, seres iluminados e santos, imortais, IA, mutantes e monstros, pessoas, duendes, demónios, fantasmas, bestas e criaturas lendárias, representando um mundo fantástico que supera o mundo experiencial. Como a pronúncia inglesa de “München” (Munique) é como o homónimo chinês “mi mi ke”, que significa “misticismo”, Yao usa-o como o nome da série para ridicularizar os fenómenos da mania cósmica, concepção de buraco negro, fetichismo, uma série de calamidades naturais e guerras, e a dança dos demónios nos últimos anos. Neste mundo maligno, o artista espera que as pessoas se livrem de todos os demónios mentais, protejam todos os bons dharmas e possam gerar todos os tipos de sabedoria.</p>

MIMIKE (MISTICISMO): BICICLETA FOGUETE
Yao Jui-Chung

Taiwan, China
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia
2022
∅ 50 cm

© Courtesy of the artist


Durante as férias de verão de 2022, Yao Jui-Chung foi convidado pelo “Apartmento da Arte” (AOA), fundado pelo artista alemão Lars Koepsel, para uma residência artística na vila de Munique durante três meses, durante a epidemia e a Guerra da Ucrânia. Munique, a grande cidade no sul da Alemanha, desde tempos antigos que é a cidade dos monges. A vila fica em Feldafing, próximo ao Lago de Starnberg, no sul da cidade. O ambiente é tranquilo e agradável, e o rei da Tailândia também tem uma mansão ali perto. Morando num local histórico de longa data, Yao olhava todos os dias para os Alpes, tomava chá preto indiano, ia às compras de bicicleta ou nadava no lago, ocasionalmente. Às vezes, ele ficaria super- impressionado depois de visitar várias galerias de arte na cidade, tinha pesadelos e os seus pensamentos voavam, as inspirações brotavam e deu-lhe para iniciar uma série de pinturas humorísticas combinando o texto clássico “Shan Hai Jing” com a mitologia ocidental, o Ukiyo-e e totens históricos.

Usando canetas coloridas Faber-Castell e colando na pintura folhas de ouro do templo, Yao tentou criar um estilo que combinasse chinês e ocidental, antigo e moderno, humorístico e irónico, formas estranhas e cores vivas... Foi uma continuação da sua criação artística realizada na vila da Destilaria de uísque Glenfiddich, nas Terras Altas escocesas, há 15 anos. A experiência especial da vida foi incluída na pintura e desenvolvida em 12 categorias: alienígenas, deuses, seres iluminados e santos, imortais, IA, mutantes e monstros, pessoas, duendes, demónios, fantasmas, bestas e criaturas lendárias, representando um mundo fantástico que supera o mundo experiencial. Como a pronúncia inglesa de “München” (Munique) é como o homónimo chinês “mi mi ke”, que significa “misticismo”, Yao usa-o como o nome da série para ridicularizar os fenómenos da mania cósmica, concepção de buraco negro, fetichismo, uma série de calamidades naturais e guerras, e a dança dos demónios nos últimos anos. Neste mundo maligno, o artista espera que as pessoas se livrem de todos os demónios mentais, protejam todos os bons dharmas e possam gerar todos os tipos de sabedoria.

<p><br />
MIMIKE (MISTICISMO): PRESBIOPIA MAIS MIOPIA<br />
Yao Jui-Chung</p>

<p>Taiwan, China<br />
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia<br />
2022<br />
∅ 50 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<p> </p>


MIMIKE (MISTICISMO): PRESBIOPIA MAIS MIOPIA
Yao Jui-Chung

Taiwan, China
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia
2022
∅ 50 cm

© Courtesy of the artist

 

<p><br />
MIMIKE (MISTICISMO): FELDAFING (REPINTAR “SHAN HAI JING”)<br />
Yao Jui-Chung</p>

<p>Taiwan, China<br />
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia<br />
2022<br />
∅ 50 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<p> </p>


MIMIKE (MISTICISMO): FELDAFING (REPINTAR “SHAN HAI JING”)
Yao Jui-Chung

Taiwan, China
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia
2022
∅ 50 cm

© Courtesy of the artist

 

<p><br />
MIMIKE (MISTICISMO): DIABO E MONGE<br />
Yao Jui-Chung</p>

<p>Taiwan, China<br />
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia<br />
2022<br />
∅ 50 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<p> </p>


MIMIKE (MISTICISMO): DIABO E MONGE
Yao Jui-Chung

Taiwan, China
Papel artesanal da Índia, folha de ouro, tinta da Índia
2022
∅ 50 cm

© Courtesy of the artist

 

<p>PORTAL DA FORTUNA<br />
Etsuko Ichihara</p>

<p>Japão<br />
Instalação (acrílico, luzes de néon, corda, lanterna japonesa,<br />
tubo de aço, estrutura de madeira)<br />
2022<br />
200 x 170 x 100 cm</p>

<p><br />
© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>Etsuko Ichihara é uma artista conhecida por trabalhos que se servem da tecnologia para trazer dinamismo aos “pensamentos” e “ideias” invisíveis e informes das pessoas. A autora reedita os encantos de Dōgo sob as palavras-chave de “trazer romance” (ou En-musubi), conexão, forças invisíveis, festivais e celebrações. Ichihara cria um mecanismo que convida os viajantes ao Dōgo, conectando assim o distrito de Dōgo Onsen usando a tecnologia e aprofundando a interacção entre as pessoas.</p>

<p>O “Portal da Fortuna” aponta o caminho para os locais de virtudes divinas (ou Shin-en) e boa sorte. O portal está decorado com placas de madeira Ema, trabalhadas digitalmente, nas quais as pessoas escrevem as suas preces ou desejos, além de lanternas (ou Chochin), criando uma atmosfera quase futurista. No portal, o “Bilhete Shin-en”, que é editado exclusivamente por diferentes artistas, servirá de guia para os locais de Shin-en como uma espécie de revelação.</p>

<p>Cooperação criativa: Comité BKY+SENTO-DASHI (Haruka Kuryu, Masaya Sammonji, Kohei Uchiumi, Yuki Murata); Tecnologia de processamento de madeira fornecida por: EMARF / VUILD, inc.; Supervisora do local Shin-en: Lucy Green.</p>

PORTAL DA FORTUNA
Etsuko Ichihara

Japão
Instalação (acrílico, luzes de néon, corda, lanterna japonesa,
tubo de aço, estrutura de madeira)
2022
200 x 170 x 100 cm


© Courtesy of the artist


Etsuko Ichihara é uma artista conhecida por trabalhos que se servem da tecnologia para trazer dinamismo aos “pensamentos” e “ideias” invisíveis e informes das pessoas. A autora reedita os encantos de Dōgo sob as palavras-chave de “trazer romance” (ou En-musubi), conexão, forças invisíveis, festivais e celebrações. Ichihara cria um mecanismo que convida os viajantes ao Dōgo, conectando assim o distrito de Dōgo Onsen usando a tecnologia e aprofundando a interacção entre as pessoas.

O “Portal da Fortuna” aponta o caminho para os locais de virtudes divinas (ou Shin-en) e boa sorte. O portal está decorado com placas de madeira Ema, trabalhadas digitalmente, nas quais as pessoas escrevem as suas preces ou desejos, além de lanternas (ou Chochin), criando uma atmosfera quase futurista. No portal, o “Bilhete Shin-en”, que é editado exclusivamente por diferentes artistas, servirá de guia para os locais de Shin-en como uma espécie de revelação.

Cooperação criativa: Comité BKY+SENTO-DASHI (Haruka Kuryu, Masaya Sammonji, Kohei Uchiumi, Yuki Murata); Tecnologia de processamento de madeira fornecida por: EMARF / VUILD, inc.; Supervisora do local Shin-en: Lucy Green.

<p>GERADOR DO ORÁCULO ABSTRACTO<br />
Guo Cheng</p>

<p>China<br />
Instalação (aço inox com banho de titânio,pedra de carrilhão, madeira, circuito personalizado,<br />
écran LED, tubo de Geiger-Müller)<br />
2020<br />
210 x 210 x 14 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist and Magician Space</p>

<hr />
<p>O “Gerador do Oráculo Abstracto” é um dispositivo baseado num gerador físico de números aleatórios que produz diferentes combinações de siglas em inglês, que são como profecias para responder a perguntas feitas pelos participantes. De facto, quando o dispositivo é accionado pelos participantes que batem na taça musical para activar o sistema de tubo Geiger-Müller, as partículas de radiação ionizante no ambiente são monitoradas e transferidas para o écran LED com as siglas inglesas aleatórias. Talvez que o “oráculo” produzido pela radiação ionizante no ambiente espacial, que é monitorado pelo sistema de tubos Geiger-Müller, seja pura e objectivamente “melhor” do que a adivinhação humana ou os resultados gerados por computador com o algoritmo pseudoaleatório. Entretanto, a abstracção das abreviaturas expande a imaginação dos participantes.</p>

GERADOR DO ORÁCULO ABSTRACTO
Guo Cheng

China
Instalação (aço inox com banho de titânio,pedra de carrilhão, madeira, circuito personalizado,
écran LED, tubo de Geiger-Müller)
2020
210 x 210 x 14 cm

© Courtesy of the artist and Magician Space


O “Gerador do Oráculo Abstracto” é um dispositivo baseado num gerador físico de números aleatórios que produz diferentes combinações de siglas em inglês, que são como profecias para responder a perguntas feitas pelos participantes. De facto, quando o dispositivo é accionado pelos participantes que batem na taça musical para activar o sistema de tubo Geiger-Müller, as partículas de radiação ionizante no ambiente são monitoradas e transferidas para o écran LED com as siglas inglesas aleatórias. Talvez que o “oráculo” produzido pela radiação ionizante no ambiente espacial, que é monitorado pelo sistema de tubos Geiger-Müller, seja pura e objectivamente “melhor” do que a adivinhação humana ou os resultados gerados por computador com o algoritmo pseudoaleatório. Entretanto, a abstracção das abreviaturas expande a imaginação dos participantes.

<p>LA COLLANA DI PERLE<br />
[ O Colar de Pérolas ]<br />
Benedetta Bonichi</p>

<p>Itália<br />
Imagem de raio-x sobre tela, moldura de madeira<br />
2002<br />
193 x 105 cm<br />
 <br />
© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>A técnica é uma linguagem e a linguagem é o conteúdo. É por isso que toda técnica deve ser reinventada a cada dia: traduzir a intuição e torná-la visível. A técnica é o resultado ou compromisso da luta entre o desejo e a matéria. Nesse sentido, posso dizer que os meus trabalhos são todos auto-retratos.</p>

<p>Eu pessoalmente uso técnicas e materiais antigos, como a gaze egípcia, fresco, pergaminho e fotografia analógica, combinada com radiografia, fluoroscopia e tecnologia digital. Já o suporte final é tradicional, geralmente papel ou tela, que pode ser colado ou esticado numa moldura ou em dibond.</p>

LA COLLANA DI PERLE
[ O Colar de Pérolas ]
Benedetta Bonichi

Itália
Imagem de raio-x sobre tela, moldura de madeira
2002
193 x 105 cm
 
© Courtesy of the artist


A técnica é uma linguagem e a linguagem é o conteúdo. É por isso que toda técnica deve ser reinventada a cada dia: traduzir a intuição e torná-la visível. A técnica é o resultado ou compromisso da luta entre o desejo e a matéria. Nesse sentido, posso dizer que os meus trabalhos são todos auto-retratos.

Eu pessoalmente uso técnicas e materiais antigos, como a gaze egípcia, fresco, pergaminho e fotografia analógica, combinada com radiografia, fluoroscopia e tecnologia digital. Já o suporte final é tradicional, geralmente papel ou tela, que pode ser colado ou esticado numa moldura ou em dibond.

<p>FOTOGRAMA DE PRODUÇÃO DE UMA ÓPERA CHINESA DE FICÇÃO CIENTÍFICA #6<br />
Ming Wong</p>

<p>Singapura<br />
Impressão digital<br />
2015<br />
105 x 90 cm</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

FOTOGRAMA DE PRODUÇÃO DE UMA ÓPERA CHINESA DE FICÇÃO CIENTÍFICA #6
Ming Wong

Singapura
Impressão digital
2015
105 x 90 cm

© Courtesy of the artist

<p>CHAMANDO A CHUVA<br />
Khvay Samnang</p>

<p>Camboja<br />
Vídeo (canal único, cor, som)<br />
2021<br />
30' 42"</p>

<p>© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>“Chamando a Chuva” é inspirado em Reamker, a versão cambojana do poema épico Ramayana. O filme leva-nos a uma jornada seguindo o Macaco na sua busca para salvar a floresta moribunda e o seu ambiente circundante. A história começa quando o Macaco conhece e se apaixona pelo Peixe, e retrata as lutas que o protagonista deve vencer, depois de perder a sua casa na floresta. À medida que a história se desenrola, fica claro que os problemas da floresta e seus campos e rios circundantes estão ligados aos comportamentos irresponsáveis do Dragão de Fogo.<br />
 </p>

CHAMANDO A CHUVA
Khvay Samnang

Camboja
Vídeo (canal único, cor, som)
2021
30' 42"

© Courtesy of the artist


“Chamando a Chuva” é inspirado em Reamker, a versão cambojana do poema épico Ramayana. O filme leva-nos a uma jornada seguindo o Macaco na sua busca para salvar a floresta moribunda e o seu ambiente circundante. A história começa quando o Macaco conhece e se apaixona pelo Peixe, e retrata as lutas que o protagonista deve vencer, depois de perder a sua casa na floresta. À medida que a história se desenrola, fica claro que os problemas da floresta e seus campos e rios circundantes estão ligados aos comportamentos irresponsáveis do Dragão de Fogo.
 

<p>MISTICISMO MÉTRICO: A HISTÓRIA DE UM MONSTRO<br />
Zach Blas</p>

<p>Estados Unidos<br />
Instalação de vídeo (tela quadrada de madeira pintada, tela redonda de madeira pintada, base em acrílico<br />
preto, iluminação LED, silicone policristalino)<br />
2022<br />
63' 4"</p>

<p><br />
© Courtesy of the artist</p>

<hr />
<p>“Misticismo Métrico: A História de um Monstro” (2022) é uma nova iteração de um projecto estreado em 2017 como palestra-performance. Nesta nova instalação multimédia, um monstro filosófico e sombrio conduz-nos através de uma meditação cósmica sobre a apropriação do misticismo e da linguagem mágica por Silicon Valley, escondendo o seu cultivo de uma cultura tecnológica cada vez mais invasora e autoritária. Sendo um personagem beligerante de histórias folclóricas, tanto quanto um provocador digital moderno, o nosso guia está bem preparado para desmistificar o funcionamento da Grande Tecno.</p>

<p>Como observa a escritora Amy Hale, Blas “lança uma luz sobre como os dados são promovidos como infalíveis por natureza, mas também ocultados por ‘misteriosos’ processos, como a inteligência artificial, que parecem ser profundamente esotéricos e muitas vezes são intencionalmente ocultados. Grande parte da obra de Blas comenta sobre o contexto mais amplo de uma ideologia californiana mágica, que se assume como excepcionalmente racional e profundamente encantada.”</p>

<p>A empresa Palantir Tecnologies é destacada no trabalho como um exemplo de misticismo métrico. Co- fundada por Peter Thiel, a polémica empresa de análise de dados apropria-se do “palantir”, a bola de cristal usada pelos magos em O Senhor dos Anéis. Dentro do metaverso Palantir, os dados adquiriram um estatuto mágico como o médium definitivo para profetizar e policiar o futuro.</p>

<p>Blas pergunta: “E se alguém olhasse, não para uma bola de cristal, mas para um pedaço de silício? Não vidro transparente, mas sim um elemento químico opaco, no próprio cerne da tecnologia digital. Face à previsão para o futuro, poderá a reconfiguração do acto de olhar para o cristal oferecer uma forma de melhor compreender a crise actual?”</p>

MISTICISMO MÉTRICO: A HISTÓRIA DE UM MONSTRO
Zach Blas

Estados Unidos
Instalação de vídeo (tela quadrada de madeira pintada, tela redonda de madeira pintada, base em acrílico
preto, iluminação LED, silicone policristalino)
2022
63' 4"


© Courtesy of the artist


“Misticismo Métrico: A História de um Monstro” (2022) é uma nova iteração de um projecto estreado em 2017 como palestra-performance. Nesta nova instalação multimédia, um monstro filosófico e sombrio conduz-nos através de uma meditação cósmica sobre a apropriação do misticismo e da linguagem mágica por Silicon Valley, escondendo o seu cultivo de uma cultura tecnológica cada vez mais invasora e autoritária. Sendo um personagem beligerante de histórias folclóricas, tanto quanto um provocador digital moderno, o nosso guia está bem preparado para desmistificar o funcionamento da Grande Tecno.

Como observa a escritora Amy Hale, Blas “lança uma luz sobre como os dados são promovidos como infalíveis por natureza, mas também ocultados por ‘misteriosos’ processos, como a inteligência artificial, que parecem ser profundamente esotéricos e muitas vezes são intencionalmente ocultados. Grande parte da obra de Blas comenta sobre o contexto mais amplo de uma ideologia californiana mágica, que se assume como excepcionalmente racional e profundamente encantada.”

A empresa Palantir Tecnologies é destacada no trabalho como um exemplo de misticismo métrico. Co- fundada por Peter Thiel, a polémica empresa de análise de dados apropria-se do “palantir”, a bola de cristal usada pelos magos em O Senhor dos Anéis. Dentro do metaverso Palantir, os dados adquiriram um estatuto mágico como o médium definitivo para profetizar e policiar o futuro.

Blas pergunta: “E se alguém olhasse, não para uma bola de cristal, mas para um pedaço de silício? Não vidro transparente, mas sim um elemento químico opaco, no próprio cerne da tecnologia digital. Face à previsão para o futuro, poderá a reconfiguração do acto de olhar para o cristal oferecer uma forma de melhor compreender a crise actual?”

Piso1,2 e 3, Museu de Arte Macau

Data de Abertura:
2023/07/28 17:00
Duração:
2023/07/28 - 2023/10/29
Disponível para visita para Visita Guiada para Público:
05/08/2023 - 29/10/2023 (Sábados, Domingos e feriados públicos, 15h00-16h00 Piso 1)
Disponível para visita para Visita Guiada para Grupos:
08/08/2023 - 29/10/2023 (Terça-feira - Domingo)