Secção II
Expressões e Conceitos a Tinta-da-china
Desde o início do século XX, a arte abstracta floresceu no contexto da ascensão da arte moderna na Europa, tendo evoluído segundo duas categorias principais: “abstracção fria”, caracterizada por um sentido de serenidade e desapego intelectual, e “abstracção quente”, caracterizada por intensidade emocional e cores vibrantes – tendo ambas permanecido influentes até hoje. A arte abstracta afasta-se das normas da pintura centrada na representação precisa de objectos. Ao invés, enfatiza a essência expressiva e as emoções pessoais. Esta libertação da linguagem visual permite uma experiência sensorial e intelectual inteiramente nova a quem a vê.
Nos anos 80, a arte abstracta começou a florescer em Macau depois de vários artistas terem chegado da China e de Portugal, juntando-se a artistas macaenses e chineses locais numa atmosfera de fusão cultural. Esta amálgama de influências e perspectivas conduziu ao desenvolvimento da expressão abstracta em Macau onde alguns artistas, enquanto perpetuavam o espírito da pintura tradicional, também criaram nova arte a tinta-da-china com tons e formas diversificados, e com técnicas abstractas. O seu trabalho revela um profundo entendimento da relação entre estética tradicional e conceitos artísticos modernos.

Mio Pang Fei (1936 - 2020)
Sem Título
Técnica mista
200 x 230 cm
1992
A-MM2005-000002

Mak Kuong Weng (1968 - )
Ruínas de S. Paulo (1)
Ténica mista
113 x 143 cm
2014
A-MM2015-000001

Sylviye, Lei Ieng Wai (1986 - )
Sequência Dimensional, 2021-03
Óleo sobre tela
50 x 50 cm
2021
A-PO2023-000014

James, Wong Cheng Pou (1960 - )
Outono
Acrílico sobre tela
130 x 400 cm
2001
A-PA2006-000001

Tam Chon Kit (1990 - )
Nesta Montanha
Tinta-da-china sobre papel
135 x 176.5cm
2019
A-CBP2021-000001

Leong Lam Po (1961 - )
Glocalização
Tinta-da-china sobre papel
120 x180 cm
2021
A-CBP2021-000005