Ao Ieong U
Gostaria de transmitir as minhas felicitações pela abertura da exposição Viagens de Luz: Aguarelas da Paisagem de Macau na Colecção do Museu de Arte de Macau no Centro Científico e Cultural de Macau em Lisboa, Portugal.
Desde meados do século XVI, Macau tem servido de ponte crucial entre a China e Portugal. Em Macau, os dois povos cultivaram uma relação profunda que deixou um impacto vasto e duradouro no intercâmbio cultural entre oriente e ocidente. O Centro Histórico de Macau, listado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO testemunha os diálogos históricos que ligam os corações dos dois povos há seculos, com as suas ruas e ruelas tradicionais cheias de história. O Presidente chinês Xi Jinping descreveu a forte amizade entre a China e Portugal com um provérbio antigo: “Uma parceria construída com a visão correcta desafia a distância geográfica; é mais espessa do que cola e mais forte do que metal e pedra”. Creio que Macau continuará a trabalhar com diligência na prossecução desta relação.
Na verdade, nas “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau” publicadas em 2019, o Governo Central Chinês defende que o desenvolvimento de Macau se avança no sentido de “Um Centro, Uma Plataforma e Uma Base”, ou seja, no sentido de se tornar num Centro Mundial de Turismo e Lazer, numa Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e numa “Base de Intercâmbio e Cooperação para a Promoção da Coexistência Multicultural, com Predominância da Cultura Chinesa”. Tomando vantagem do princípio “Um País, Dois Sistemas” e de um distinto multilinguismo, Macau procura promover e fazer avançar a cooperação e intercâmbio cultural e artística entre a China e Portugal. O Instituto Cultural do Governo da Região Administrativa Especial de Macau juntou-se ao Centro Científico e Cultural de Macau para apresentar em Lisboa aguarelas da paisagem de Macau, trazendo o encontro entre Oriente e Ocidente ao sul da Europa. A mostra é uma oportunidade única para os artistas de Macau e os seus pares portugueses poderem observar os respectivos trabalhos e trocar ideias ao mesmo tempo que potenciam o papel de Macau como “Centro de Intercâmbio Cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.
Há um provérbio português que diz, “Azeite, vinho e amigo, o mais antigo”. A história de Macau, com mais de quatro séculos de trocas culturais, reflecte a profunda amizade entre a China e Portugal, uma amizade mais antiga, e mais sólida, do que a maioria. Continuaremos a trabalhar com os nossos amigos portugueses para cultivar mais realizações culturais no futuro. Desejo o maior sucesso a esta exposição.
AO IEONG U
Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau