INTRODUÇÃO
O budismo tibetano tem uma longa história e um papel importante na própria história chinesa desde o século XVII. O Mosteiro de Tashi Lhunpo, a sede tradicional dos sucessivos Panchen Lamas, é um dos grandes quatro grandes mosteiros da linhagem Gelug do budismo tibetano. Durante a dinastia Qing foi estabelecida uma estreita relação política entre os sucessivos Panchen Lamas e a corte. Hoje, as ofertas feitas aos Panchen Lamas, assim como os presentes oferecidos aos imperadores, estão guardados no Museu do Palácio e no Mosteiro de Tashi Lhunpo. Estes presentes testemunham os laços estabelecidos e reforçados ao longo de séculos. Os imperadores Qing respeitavam o budismo tibetano. Durante os seus reinados, foi criado um substancial número de obras de arte segundo as tradições Han e budista tibetana. Entre a colecção de relíquias budistas tibetanas do Museu do Palácio, existem refinados objectos produzidos pelas Oficinas Imperiais Qing, assim como oferendas de incalculável valor originárias das regiões tibetanas e mongóis. Estas peças – cada uma delas preciosa e de incalculável valor histórico – demonstram a cultura inclusiva e aberta da nação chinesa.
Nesta exposição, mostra-se um total de 137 peças de tesouros, das colecções do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo. Estas obras de arte, meticulosamente seleccionadas, contam a história das trocas entre os sucessivos Panchen Lamas e a corte Qing, mostrando a unidade e integração que se foi gerando entre os diversos grupos étnicos. Por outro lado, sublinham as inegáveis contribuições feitas pelos Panchen Lamas no estabelecimento de um país unificado e multi-étnico.