Fundação Macau
Eminência Dourada: Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo encontra-se patente no Museu de Arte de Macau (MAM), proporcionando uma oportunidade aos residentes de Macau e turistas para ficarem a conhecer melhor o budismo tibetano. A Fundação Macau tem o prazer de fazer parte deste evento.
A dinastia Qing pretendia fortalecer e consolidar a unificação dos múltiplos grupos étnicos do país. Por conseguinte, a corte promoveu uma estratégia de domínio sobre as regiões periféricas, que envolvia “rectificar os sistemas políticos e as religiões das regiões periféricas sem alterar os seus costumes e modos de vida”. Seguindo esta estratégia, o imperador Qianlong chegou mesmo a introduzir a política de “apaziguamento dos mongóis promovendo a seita do Chapéu Amarelo (a linhagem Gelug)”. A corte votou um enorme respeito à linhagem Gelug, deixando um profundo impacto histórico. Esta abordagem promoveu a estabilidade do país e a paz entre os grupos étnicos.
No século XXI, em pleno contexto de turbulência internacional, o mundo enfrenta transformações significativas, que é raro acontecerem num século. Embora a nação chinesa esteja a inaugurar uma era de rejuvenescimento, é bom recordar a teoria defendida pelo nosso Secretário-Geral Xi Jinping, que sublinha a ideia de “forjar um forte sentido de comunidade para a nação chinesa”, estabelecendo assim as bases para a unidade e o espírito nacional dos grupos étnicos do país. O budismo tibetano é um dos pilares da cultura chinesa, constituindo uma parte importante do sistema budista chinês. Esta religião deu origem a um carácter cultural distinto através do desenvolvimento das suas linhagens, da sucessão de práticas tântricas, dos rituais e etiquetas, das reencarnações de Budas vivos, da educação nos mosteiros e templos, bem como de escrituras e documentos. Segundo o nosso Secretário-Geral Xi Jinping, todos os grupos étnicos contribuíram para o desenvolvimento do nosso vasto território e para escrever a nossa história, tendo também participado na criação da nossa esplêndida cultura e cultivado o nosso grande espírito. Por conseguinte, compreender o budismo tibetano através de relíquias culturais é a base para compreender a natureza ecléctica e inclusiva da cultura chinesa, ajudando-nos igualmente a compreender a unidade dos grupos étnicos da nação chinesa e a construir um sentido de comunidade sólido para a nossa nação.
A Fundação Macau apoia e promove continuamente o intercâmbio cultural entre Macau e o Tibete, procurando estabelecer elos de ligação entre os respectivos meios artísticos. Em 2011, a Fundação organizou uma viagem de intercâmbio cultural ao Tibete para artistas de Macau. Através da visita a exposições e da observação dos costumes locais, os artistas participantes levaram a arte de Macau, uma cidade costeira do Sul da China, às belas montanhas e planaltos do Tibete, promovendo laços de amizade interculturais entre artistas de ambas as regiões. Desde então, foram organizadas inúmeras exposições de arte e fotografia em Macau e no Tibete, revitalizando a atmosfera criativa e fortalecendo amizades. A Fundação continuará a promover a admirável cultura e o espírito nacional da China, e a defender princípios fundamentais, desbravando, ao mesmo tempo, novos caminhos e transmitindo ligações históricas às gerações futuras.
Wu Zhiliang
Presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau