Eminência Dourada

Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo

SASC

Em 2023, assinala-se o 10.º aniversário da importante proposta de construção conjunta de “Uma Faixa, Uma Rota” do presidente chinês Xi Jinping, uma iniciativa da qual tanto Macau como o Tibete são construtores essenciais. Apesar das diferenças significativas em termos geográficos, climáticos e culturais entre as culturas de Lingnan e do Tibete, são ambas parte importantes da esplêndida cultura chinesa, estando as duas regiões intimamente ligadas por um elo de interdependência étnica.

O Museu de Arte de Macau apresenta a muito aguardada exposição da colecção do Museu do Palácio Eminência Dourada: Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo. Situado em Shitage, no Tibete, o Mosteiro de Tashi Lhunpo é um sítio histórico fundamental que representa a linhagem Gelug do budismo tibetano, constituindo a residência tradicional de sucessivos Panchen Lamas. O mosteiro alberga um acervo substancial de antigos tesouros budistas dos grupos étnicos han e tibetanos dos Himalaias, os quais testemunham a tradição budista tibetana de proteger o país e de beneficiar o povo e a extraordinária sabedoria da compaixão e da bondade. Os tesouros revelam o passado glorioso e as brilhantes conquistas da cultura e da arte inspiradas pelo budismo tibetano, em que a expressão “excelentes auspícios” em chinês exprime saudações e bênçãos sinceras. A mostra reveste-se, sem dúvida, de especial importância para Macau, onde coexistem e se desenvolvem diferentes religiões, possuindo uma enorme variedade de recursos religiosos e culturais.

Esta exposição reúne um conjunto de relíquias culturais preciosas das colecções do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo, incluindo relíquias culturais do budismo tibetano, as oferendas dos Panchen Lamas aos imperadores da dinastia Qing e os presentes da corte imperial aos Panchen Lamas. Estes tesouros dão a conhecer a abrangência e a profundidade da arte e da cultura inspiradas pelo budismo tibetano, bem como o contributo deste para a unidade dos múltiplos grupos étnicos da nação chinesa, revelando igualmente a importância da coexistência, do intercâmbio, da inclusão e da união para a nação chinesa ao longo de muitos séculos.

Gostaria de agradecer ao Museu do Palácio, ao Instituto do Património Cultural da Região Autónoma do Tibete e ao Mosteiro de Tashi Lhunpo pela sua curadoria criteriosa. Espero que esta exposição permita aos residentes de Macau e aos turistas de todo o mundo compreender melhor a sabedoria excepcional do budismo tibetano, a diversidade e a unidade dos grupos étnicos da nação chinesa, bem como a longa história e essência inclusiva da cultura chinesa.
Desejo à exposição o maior sucesso! 

Ao Ieong U
Secretária para os Assuntos Sociais e
Cultura do Governo da R.A.E. de Macau