Eminência Dourada

Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo

IC

Localizado na cidade de Shigatse, na Região Autónoma do Tibete, o Mosteiro de Tashi Lhunpo, é um dos quatro grandes mosteiros da linhagem Gelug do budismo tibetano e a sede tradicional dos Panchen Lamas. “Tashi” significa bênçãos e longevidade, ao passo que “Lhunpo” refere-se ao Monte Sumeru. O mosteiro alberga uma substancial colecção de excepcionais tesouros budistas dos grupos étnicos Han e tibetano, e do trans- Himalaia. Estas relíquias culturais – tesouros de inegável raridade – incluem álbuns e sinetes de ouro oferecidos pelos imperadores Qing aos Panchen Lamas, aquando da sua ascensão, estátuas budistas, decretos imperiais e várias ofertas da corte Qing.

O Museu de Arte de Macau (MAM) do Instituto Cultural da R.A.E. de Macau, o Museu do Palácio, o Instituto do Património Cultural da Região Autónoma do Tibete e o Mosteiro de Tashi Lhunpo juntaram-se para apresentarem Eminência Dourada: Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo, uma exposição que demonstra os laços de proximidade entre a corte Qing e o mosteiro e prova os esforços históricos da corte para a unidade do país e a inclusão dos seus grupos multiétnicos. A mostra traz-nos 137 tesouros raramente vistos, seleccionados de entre as colecções do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo. Marca também a primeira vez em que as relíquias culturais do mosteiro deixam o continente chinês. Alguns destes notáveis artefactos foram produzidos nas Oficinas Imperais Qing, ao passo que outros são extraordinários presentes das regiões mongóis e tibetanas à corte. Estes artefactos testemunham o intercâmbio cultural e a inclusividade dos grupos étnicos Han, tibetano,manchu e mongol.

Macau conta com mais de 400 anos de história de intercâmbio cultural entre a China e o Ocidente. O Centro Histórico de Macau é Património Mundial da UNESCO e dá testemunho da diversidade e inclusividade da civilização chinesa. Apesar de milhares de quilómetros separarem Macau e Tashi Lhunpo, esta exposição une-os através dos rios e montanhas nevadas. Esta troca cultural constitui também um outro marco no desenvolvimento de Macau enquanto “base de cooperação e intercâmbio da cultura chinesa como eixo central na coexistência de diferentes culturas”.

Em 2003, o MAM colaborou pela primeira vez com o Museu do Palácio para apresentar Essência Luminosa: Relíquias do Budismo Tibetano do Palácio Imperial. Agora, passadas duas décadas, colaboramos de novo para mostrar estas preciosas relíquias budistas em Macau – uma colaboração que sublinha a raridade e qualidade distinta desta exposição, demonstrando também o apoio inabalável do Museu do Palácio ao desenvolvimento artístico e cultural de Macau nestes últimos vinte anos. O elo entre os dois museus continua forte. Assim, em nome do Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau, gostaria de manifestar a minha gratidão ao Museu do Palácio pelo seu continuado apoio, bem como aos coorganizadores e instituições que colaboraram na concretização desta exposição.

Desejo à exposição o maior sucesso!


Deland, Leong Wai Man
Presidente do Instituto Cultural do Governo da
R.A.E. de Macau